Genivaldo Tavares de Melo
Todos os grandes homens de Deus cuja história e atuação, conhecemos pela leitura da Bíblia Sagrada, não começaram suas vidas nas escolas palacianas e sim, nos desertos. O deserto ensina e molda, o palácio dá conhecimento e sufoca.
A vida do patriarca Abraão foi marcada por vicissitudes, encarando inimigos, buscando alinhar os planetas com o seu sobrinho Ló, mantendo compreensível relação com sua mulher Sara, que queria filhos e não os tinha, salvando-se pela promessa cumprida de Deus, mas, além e acima de tudo, Abraão preservou a fé e foi chamado de amigo de Deus. Seja assim com todos nós.
Moisés. Se não tivesse caráter, jogaria o jogo da política palaciana para preservar-se no poder; manteria oculta as suas origens com negação do seu povo. O deserto deu-lhe a oportunidade de rever os valores aprendidos no Egito; se já era humano, diferente da casta dos faraós, tornou-se ainda mais humano convivendo sob as tendas de Jetro, mais tarde, seu sogro. Não podemos nos esquecer que a providência divina deu-lhe uma ama que não por acaso, era sua própria mãe Joquebede (Ex.6:20) que com certeza, não poupou esforços para que ele preservasse a lembrança de quem era.
Moisés no deserto. Foram 40 anos de idas e vindas sob o sol ou sob o frio da madrugada que desenvolveram nele a dureza do ferro, uma austeridade não conseguida na vida palaciana. Familiarizou-se com a região por onde mais tarde conduziria o povo de Deus.
Moisés e o encontro com Deus (Êx.3). Que Deus está em toda parte, disso não temos dúvida quando por Isaías disse: ” O céu é o meu trono e a terra, estrado dos meus pés” (Is.66.1), porém, Deus é comumente encontrado onde o desejam.
O deserto faz de nós, homens e mulheres, capazes de enfrentar as agruras da vida sem se dobrar sob o choro do sentimento de impotência.
Elias o tisbita. Quem foi profeta como ele? Claro que nos assuntos bíblicos...(continuação na fonte)