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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por que Deus rejeitou a oferta de Caim e recebeu a de Abel?

Antes dessa reflexão, esclareço que não sou líder de igrejas, não sou obreiro que participa de sistema de coletas, não recebo dinheiro de ninguém como oferta ao Senhor. Vivo à parte disso e não critico quem viva. O que digo é dito por ler e meditar na Palavra de Deus.

A qualidade da oferta é reflexo de como consideramos a Deus.

Observando o relato de Gênesis 4.2-3, sobre as ofertas dos irmãos Abel e Caim, aprendemos coisas importantes sobre a adoração durante o ato de cultuar ao Criador.

Desde os primórdios, encontramos presente no ato de adoração elementos que representam bens materiais adquiridos através do trabalho do ofertante. Caim ofertou o produto da terra, por ser lavrador. Abel ofertou o melhor animal do seu rebanho, porque era pastor. Cada qual fez sua oferta de acordo com o resultado do suor de seus rostos.

Percebemos que Abel deu o que lhe tinha valor, pois entregou do primeiro carneirinho as melhores partes dele. Analisando a atitude de Abel e o resultado da oferta aos olhos de Deus, concluo que o ato de ofertar não é algo banal, é preciso dar o que temos de melhor, o que nosso coração considera valioso.

Na ótica do pastor Abel, o novilho macho e saudável é o agente reprodutor em seu rebanho, capaz de gerar riquezas futuras, o animal com potencial para fazer seu rebanho crescer, e por causa dessa representatividade ele o ofereceu ao Criador.

Sabemos que Deus olha para o coração do ofertante. Rejeitemos o pensamento de ofertar para Deus as sobras inexpressivas. Gênesis 4 não diz explicitamente que Caim fez isso, mas também não relata que ele se esforçou e separou o que havia de melhor nas suas plantações para servir como oferta ao Criador.

Nossa oferta não deve ser a moedinha perdida na carteira, no porta-luvas do carro, ou outro lugar qualquer da nossa casa. O valor da oferta não deve ser um valor que no caso de perdido não nos fará nenhuma falta.

Os ofertantes precisam imitar Abel, escolher o que faz parte das primícias do trabalho, o que é mais importante, o que tem valor, o bem que represente claramente a nossa prosperidade e consideração a Deus, jamais o que é descartável.

No momento da oferta, pela perspectiva de Deus a pauta principal do culto não é o valor monetário. Para o Criador está valendo o mandamento de amá-lo acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. A qualidade do ofertante é analisada segundo a intensidade de amor que ele dispensa ao Senhor e aos semelhantes (Mateus 5.24).

Não se deve ofertar por pressão externa, mas com alegria (2º Crônicas 24.10; Salmo 100.2; 2ª Coríntios 9.7).

Não se deve ofertar para manter as aparências no meio social (Atos 4.36-37; 5).

Ao ver o líder eclesiástico fazer pedidos de ofertas, pensemos igual Abel que escolheu entregar ao Criador o "novilho saudável e bom reprodutor". Hoje a diferença é que as ofertas são em espécies, cifras em papel, mas a filosofia é a mesma. Deus continua avaliando corações.

Lembremos da experiência de rejeição que Caim viveu! Caim é o exemplo de ofertante que nenhum cristão deve seguir!

E.A.G. http//www.ubeblogs.net/

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Este artigo está liberado para cópias, desde que não usado para fins comerciais e seja citada a fonte, o nome do autor e o link do Belverede. Eliseu Antonio Gomes; http://belverede.blogspot.com/  

Artigo escrito, originalmente, com o título A Rejeição da Oferta de Caim em colaboração ao UBE Blogs - União de Blogueiros Evangélicos

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