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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Resgatando a paternidade integral Parte 2


Resgatando a paternidade integral Parte 2 de 3

Pr. Josué Gonçalves

Todo filho quer um pai que ensine com o exemplo, do que com palavras.

A psicologia chama de projeção quando identificamos no outro aquela característica que é própria em nós. Normalmente, temos mais facilidade em identificar os erros e defeitos no outro – mais que as virtudes que essas pessoas têm.

Quando isso acontece no ambiente familiar, invariavelmente, nos inclinamos a corrigir nos filhos os erros que os vemos cometer, esquecendo-nos de que nós os ensinamos com o próprio comportamento a agir assim. Isso choca um pouco, eu sei, mas quem poderá dizer que na prática não é isso o que acontece?

E a situação passa de mal a pior, e se torna até vergonhosa, quando pais e mães dizem:“ Você deve fazer assim porque eu estou mandando”. Quando isso acontece, assinamos um “atestado de incompetência”, já que exigimos o que não praticamos. Fique atento. Se essa situação surgir, uma luz vermelha vai acender e você deve se corrigir. Talvez a melhor maneira de falar seja:“ Filho, você sabe que o papai tem o mesmo problema. Ambos erramos na mesma área. Vamos orar e pedir a Deus a ajuda do Espírito Santo para nunca mais fazermos isso… Vamos combinar que quem errar assim novamente vai ter que pagar dois reais! Vamos combinar assim?

O exemplo deve validar as palavras dos pais. Especialmente quando os filhos são pequenos, crianças, o descompasso entre o que falamos e o que fazemos confunde a criança no seu processo de aprendizagem. Quando a criança ouve uma regra que é reconhecida como certa e vê uma ação que não corresponde a essa regra, ela enfrenta um conflito em sua compreensão. Aos poucos, isso vai provocar problemas mais graves, e ela vai desenvolver conceitos como:

– não preciso dizer a verdade; – não preciso cumprir minhas promessas; – a mentira tem o mesmo valor da verdade e vice-versa; – o padrão ético será comprometido na idade jovem e adulta; – meus pais não são verdadeiros Além desses problemas, haverá muitos outros danos à formação dessa criança e ao modo como agirá quando se tornar adulto.

A autoridade dos pais, portanto, será o resultado da coerência entre “ações” e “palavras” (Jó 13.15; 1Co 11.1; Fp 3.17). A maior herança que um pai pode deixar ao seu filho é um caráter digno de ser imitado. E como isso é possível? Não conheço outro modo senão por meio do comportamento exemplar e coerente em relação a suas palavras.

Veja o que está escrito em 1 Reis 9.4-5a, numa situação na qual o Senhor se dirige a Salomão falando a respeito de seu pai, Davi: “Se andares perante mim como andou Davi, teu pai, com integridade de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos, então confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre”.

Não restam dúvidas sobre o fato de que o maior legado que um pai pode deixar para os filhos não é uma fazenda com 20 mil cabeças de gado; não são cinquenta casas alugadas; não é uma carteira de investimentos com R$ 1 milhão. A maior herança e legado que um pai poderá deixar para seus filhos é um caráter digno de ser seguido.

Uma vida íntegra, digna de ser imitada, nós encontramos em um pai que é um exemplo de justiça, de honestidade, de lealdade, de verdade, de cortesia, de cavalheirismo, de humildade, de mansidão e de respeito. E nas mães da mesma maneira.

Os pais deverão ensinar a amar amando. Os pais deverão ensinar a verdade falando a verdade. Os pais deverão ensinar gentileza sendo gentis. Os pais deverão ensinar respeito respeitando. Os pais deverão ser um exemplo como marido e como esposa. Os pais deverão ser um exemplo também como filhos, como genros, como sogros, como amigos, como discípulos de Cristo. Só assim podermos pensar e desejar uma mudança mais ampla no nosso bairro, na nossa cidade, no país… e no mundo!

Toda mudança necessária à sociedade, almejada por muitos e anunciada como plano de governo dos candidatos em ano de eleição, só pode se concretizar se partir do solo familiar. As mudanças que esperamos nunca virão por iniciativa de vereadores, deputados ou senadores: elas partirão de nossa própria casa.

Não poderá haver incoerência entre o que ensinamos e o que praticamos. Se a sociedade está desta maneira hoje é porque ontem houve um tremendo descompasso entre a “fala” e a “prática”. Portanto, antes de falar, observe a si. Antes de ditar a regra, avalie seu comportamento. E então creia no melhor para a sua família, no melhor futuro para seus filhos e para vocês, pais e mães, na velhice de ambos.


Fonte: Verdade Gospel.
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E.A.G.

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